A tuberculose é uma doença bacteriana transmitida por contato indireto, por meio da tosse ou espirro de pacientes infectados. Sua forma mais comum afeta os pulmões, porém também existem as formas extrapulmonares da doença, que atingem a pleura (membrana de revestimento dos pulmões), gânglios periféricos, meninges, vias urinárias ou mais de uma dessas regiões. Os principais sintomas da forma pulmonar incluem a tosse persistente, febre, dores no peito, perda de peso e falta de ar, este último pode levar à morte.
É comum crer que a tuberculose é uma doença essencialmente do passado. Porém o surgimento da Aids (HIV) e a proliferação de cepas bacterianas resistentes aos medicamentos utilizados no tratamento da doença culminaram para que ela se tornasse um dos grandes problemas de saúde da atualidade. Além disso, ela está entre as três doenças infecciosas que mais matam no mundo, juntamente com a malária e a Aids.
Diagnóstico
Para realizar o diagnóstico, são feitos testes que visam a identificação da bactéria, selecionados de acordo com a complexidade do caso:
- Análises de culturas bacterianas do escarro induzido do paciente;
- Broncoscopia com LBA (lavado bronco alveolar) e/ou biopsia transbrônquica;
- Prova tuberculínica (utilizada como exame complementar, pois a prova tuberculínica positiva isoladamente indica apenas infecção, não sendo suficiente para fechar o diagnóstico de tuberculose);
- Tomografia computadorizada de tórax;
- Técnicas de biologia molecular, que envolvem exames laboratoriais como o PCR, realizado em fluidos corporais.
Tratamento
Apesar de ser uma doença grave, a tuberculose é curável em praticamente 100% dos casos, desde que o tratamento seja executado de maneira correta. Utiliza-se uma associação de antibióticos como medicamentos de primeira escolha, usados por pelo menos 6 meses. Porém, dependendo da resposta de cada paciente, o tratamento pode ser mais complexo e prolongado. Em casos de recidiva (o reaparecimento da doença) ou de meningoencefalite tuberculosa, o tratamento pode ser prolongado até 1 ano.
Prevenção
Controle dos contatos
Todos os contatos dos doentes de tuberculose devem comparecer a uma unidade de saúde para realizarem os exames.
Vacinação BCG
O uso da vacina BCG é consenso na grande maioria dos países, com diferenças em relação à orientação acerca da faixa etária e número de doses. No Brasil, a BCG é prioritária em crianças de 0 a 4 anos, e obrigatória em crianças menores de 1 ano. Essa vacina exerce grande poder protetor contra as manifestações graves da infecção primaria da tuberculose, como as disseminações hematogênicas (pelo sangue) e as meningoencefalites.
Quimioprofilaxia
É uma medida terapêutica que consiste no uso de medicamentos para a prevenção da infecção pela bactéria (quimioprofilaxia primária), ou para evitar o desenvolvimento da doença em pacientes que possuem a forma assintomática da tuberculose (quimioprofilaxia secundária).