Por reequilibrar e restaurar nossas condições físicas, mentais, emocionais e químicas, o sono influência diretamente na nossa qualidade de vida. Mas, infelizmente, existem vários distúrbios que interferem nesse processo tão importante para nossa saúde. A apneia do sono é um exemplo bem recorrente, especialmente entre homens com sobrepeso e com mais de 45 anos. Apneia do sono e obesidade estão cada vez mais relacionados; e associados com outras complicações de risco.
Continue a leitura e entenda esta relação!
O que é apneia do sono?
A apneia é um distúrbio do sono que se desenvolve de maneira progressiva. A complicação é caracterizada por roncos e pausas respiratórias enquanto a pessoa dorme. Se trata de uma obstrução (total ou parcial) temporária das vias respiratórias, que duram pelo menos 10 segundos, podendo ultrapassar 1 minuto. Para piorar, esses episódios de obstrução se repetem ao longo de toda a noite.
O problema é desencadeado por diferentes fatores, funcionais ou anatômicos, trazendo impacto para a saturação de oxigênio no sangue. Quando o colapso é registrado, a base da língua e palato estão moles, interrompendo a passagem de ar. Por mais inofensiva que pareça inicialmente, a apneia está associada à mortalidade e morbidade cardiovascular.
Como a obesidade pode influenciar nesse distúrbio?
A gordura corporal já está diretamente relacionada aos distúrbios do sono. A obesidade há tempos é considerada um fator de risco para o desenvolvimento da apneia obstrutiva do sono. Mas, um estudo espanhol exemplificou a real ligação entre essas duas complicações de saúde.
Uma característica bem comum de quem tem apneia é ter o músculo da garganta (faringe) flácido e mais estreito, o que dificulta a passagem de ar. Muitas vezes, isso ocorre devido o acúmulo de tecido adiposo (gordura) na região. Mas, a relação vai além:
- Sono ruim impacta no corpo: o sono é fundamental para o nosso metabolismo, auxiliando também no emagrecimento. No entanto, se dormimos mal, sofremos alterações no nosso comportamento endócrino, interferindo também na ingestão de alimentos. Essa mudança hormonal aumenta a fome e dificulta o emagrecimento.
- Apneia desenvolve obesidade: mas, mesmo que a pessoa não seja obesa, quando sofre de apneia, pode vir a ser. Estudos comprovam que pessoas que dormem menos de 6h por noite possuem IMC superior aquelas que dormem cerca de 9h por noite.
- Falta de motivação: além do IMC, roncos e pausas respiratórias causam exaustão. No dia seguinte, quem tem apneia encontra dificuldade para se exercitar e manter uma rotina saudável.
Outras comorbidades relacionadas
Sedentarismo, circunferência grande do pescoço, falta de exercício físico, alto consumo de bebidas alcoólicas: esses são outros fatores associados com a apneia do sono. Por isso, é comum que ela esteja relacionada também com outras complicações de saúde e comorbidades. Veja alguns exemplos:
- Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- Diabetes;
- Hipertensão;
- Insuficiência cardíaca.
Como detectar a apneia do sono?
As pausas respiratórias durante o sono não são nada sutis. Por isso, é simples detectar a apneia do sono em nossa rotina. O distúrbio pode ser diagnosticado por meio do exame de polissonografia, que avalia a respiração, batimentos cardíacos, saturação e todas as pausas enquanto o paciente dorme.
Como tratar o distúrbio?
O tratamento da apneia irá variar conforme o quadro específico de cada paciente. Mudanças nos hábitos como começar a dormir de lado, podem ajudar. Conhecer a origem do distúrbio é fundamental para determinar medidas de controle.
No caso dos obesos, a recomendação inicial é perda de peso, associada a exercícios fonoaudiológicos para tonificar os músculos da garganta. Mas, a opção mais eficaz, considerada padrão ouro no tratamento da apneia, é um mecanismo chamado pressão contínua das vias respiratórias (CPAP). Trata-se de uma máscara que cobre nariz e boca durante o sono e joga o ar para as vias respiratórias.
Ainda, em casos de incorreção anatômica, a cirurgia é uma alternativa. Por estar associada com condições físicas, é recomendado que o paciente obeso tenha um acompanhamento multidisciplinar, contando com nutricionistas e profissionais de educação física.
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