Por muitos anos o sono foi considerado pela própria comunidade científica como uma atividade “passiva” da existência humana, com finalidade um tanto quanto desconhecida. Porém, com o avanço das pesquisas na área da medicina, constatou-se que o descanso adequado é fundamental para melhorar a saúde a médio e longo prazo, pois ajuda a reforçar a imunidade e é fator protetor contra doenças crônicas diversas, principalmente as cardiovasculares e endocrinológicas.
Assim, devido à crescente importância do estudo sobre o sono e formas de melhorar a saúde a partir de intervenções nessa área, na década de 90 a medicina do sono expandiu-se globalmente e ganhou importância. Afinal, trata-se de uma especialidade médica que identifica e trata uma série de distúrbios que impactam negativamente a qualidade de vida e a saúde dos pacientes.
O que é medicina do sono?
A medicina do sono é uma área de atuação médica reconhecida no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que pode ser praticada por alguns especialistas, incluindo o otorrinolaringologista e o pneumologista, desde que aprovados e certificados pela Associação Médica Brasileira (AMB).
Para que serve a medicina do sono?
Dado que a medicina do sono trata pessoas com distúrbios relacionados ao descanso diário, na vigência de sinais e sintomas de que você não está dormindo bem à noite, é preciso procurar um especialista dessa área – mesmo que você não tenha dificuldades para iniciar o sono, por exemplo.
Assim, os principais indícios de que é preciso se consultar com um médico especializado em medicina do sono são:
- Ronco;
- Sentir-se cansado o dia todo;
- Demora para começar a dormir;
- Dificuldade para acordar;
- Dificuldade de concentração e na memória;
- Irritabilidade e transtornos de humor;
- Fadiga.
Quais distúrbios são detectados pela medicina do sono?
Os distúrbios do sono são diversos, incluindo a síndrome das pernas inquietas, parassonia, narcolepsia e, principalmente, a apneia obstrutiva e a insônia, que serão mais bem detalhadas a seguir.
Apneia obstrutiva do sono
Esse quadro é caracterizado por pausas constantes da respiração durante o sono, que pode durar alguns segundos e se repetir diversas vezes em uma mesma noite.
Apneia do sono e obesidade tem grande relação, sendo possível tratar com perda de peso e mudança de hábitos de vida. Porém, quando tais medidas não forem suficientes para reduzir as apneias, pode-se recorrer ao uso de dispositivos que ajudam a respirar melhor durante a noite, sendo o CPAP o mais conhecido, ou optar por cirurgias faciais que melhoram a respiração.
Insônia
Segundo a Associação Brasileira do Sono (ABS), não existe um consenso sobre a exata definição de insônia, mas a maioria dos critérios para o diagnóstico definem esse quadro como uma “dificuldade para dormir”, cujas causas podem ser tanto físicas quanto psicológicas ou emocionais. Essa dificuldade pode ser quanto ao início, duração, consolidação ou até qualidade do sono.
Dado que questões emocionais como o estresse são os principais fatores causadores da insônia, atualmente essa é uma das queixas mais comuns no consultório do otorrinolaringologista especializado em medicina do sono. Já o tratamento é muito variável, e sempre deve incluir a criação de uma rotina de higiene do sono e, quando necessário, alguns medicamentos podem ser cuidadosamente prescritos.
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