Se você já sentiu dor de garganta e dificuldade para engolir alimentos você provavelmente já teve faringite, uma inflamação da via aérea superior que pode ser causada por vírus, bactérias ou reações alérgicas. Como a faringe é uma região anatômica comum ao trato digestivo e respiratório, é normal que os sintomas envolvam dificuldade para respirar e para deglutir.
O que é faringite?
A faringite é uma reação inflamatória que acomete a faringe, uma porção da via aérea superior que liga a boca e o nariz à laringe e ao esôfago. Além das causas infecciosas, a faringite pode ser ocasionada por irritação de alérgenos ou como consequência do refluxo gastroesofágico.
É importante reconhecer e tratar a faringite principalmente nas crianças, que são mais susceptíveis à infecção bacteriana e suas consequências, como a febre reumática.
Sintomas da faringite
Os sintomas mais comuns da faringite são a dor de garganta e a dificuldade para engolir alimentos. Porém, dependendo do agente causador e do estado imunológico do paciente a evolução da doença é diferente. Quando o agente etiológico é o vírus, o quadro tende a ser mais brando e auto resolutivo, ou seja, que passa sozinho. O paciente com faringite viral pode ter, também, coriza, febre baixa (de até 38,5 °C) e tosse.
Já a faringite bacteriana pode causar dores no corpo, aumento de linfonodos cervicais e retroauriculares — ínguas no pescoço e atrás da orelha —, secreção purulenta nas amígdalas e febre alta de início abrupto. Por ter maiores chances de complicações é preciso ficar atento para alguns sinais de alarme, como:
- Febre persistente por mais de 72 horas;
- Prostração e sonolência excessiva;
- Dificuldade de respiração.
Principais causas
A faringite é causada principalmente por agentes virais e bacterianos. A transmissão ocorre pelo contato com gotículas e secreções eliminadas na tosse ou no espirro, sendo mais frequente em épocas frias.
Dentre os vírus que mais estão associados à faringite pode-se citar o adenovírus, o rinovírus, o vírus da parainfluenza, o Herpes simplex, o Epstein-Barr e o citomegalovírus. Com relação às bactérias, o principal agente é o estreptococo do grupo A, que pode causar sequelas pós infecciosas, como a febre reumática. Essa etiologia é mais comum entre os 5 e os 15 anos de idade.
Há, ainda, as faringites causadas por reações inflamatórias a alérgenos (como poluentes e ar-condicionado) ou à substância ácida do refluxo gastroesofágico.
Diagnóstico da faringite
O diagnóstico inicial da faringite é dito clínico, ou seja, os sintomas, o exame físico e o contato recente com pessoas infectadas são informações suficientes para que o médico defina a hipótese diagnóstica.
Como o tratamento difere conforme o agente etiológico, a cultura de orofaringe indicará corretamente se o agente é vírus ou bactéria e, nesse último caso, se é estreptococo ou não.
Tratamento da faringite
Caso o agente etiológico da faringite seja um vírus, o tratamento é feito com medicamentos sintomáticos, ou seja, busca-se reduzir os focos inflamatórios e suas consequências, assim como fortalecer a imunidade do paciente para que seu organismo se recupere. Portanto, esse paciente deve se hidratar e se alimentar adequadamente, utilizar anti-inflamatórios prescritos e pastilhas para a garganta.
Já na confirmação de faringite aguda por agente bacteriano, o médico deve indicar o uso de antibiótico, que pode ser a injeção única de penicilina benzatina ou comprimidos de beta-lactâmicos.
Outras medidas importantes para uma melhor recuperação são o repouso, umidificação do ambiente e higiene nasal.
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