A espirometria é um exame que verifica o funcionamento dos pulmões, checando a quantidade e a velocidade com que o ar é inspirado e expirado (entrada e saída do ar). Ele é importante para diagnosticar ou monitorar a evolução de doenças pulmonares e cardíacas, assim como avaliar a resposta de tratamentos que estejam em curso.
Exemplos de enfermidades bastante frequentes, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), se beneficiam das informações obtidas na espirometria.
A espirometria possui grande importância para a pneumologia, área da medicina que diagnostica, trata e acompanha pacientes com alguma doença que prejudique a respiração, afetando pulmão, traqueia, brônquios ou bronquíolos.
O exame de espirometria permite avaliar sintomas respiratórios e limitação de esforços. Também classifica a gravidade e mede a provável evolução de doenças pulmonares. Além disso, auxilia no processo pré-operatório e verifica as condições ocupacionais do paciente.
Como é realizado o exame de Espirometria
A espirometria é o principal teste diagnóstico funcional respiratório, ou seja, o principal exame para confirmação de diagnóstico e tratamento, a partir da avaliação de posturas, disfunções, vícios ou erros durante o exercício respiratório.
Realizado por um técnico de enfermagem ou um médico do trabalho, o exame é conduzido com o uso de um aparelho, o espirômetro, fixado na mesa ou segurado pelo paciente. É colocado um clipe nasal para impedir que o ar escape pelo nariz da pessoa, e então é solicitado que ela sopre em um tubo de material descartável para que assim seja mensurada a respiração dele, com monitoramento do volume e da velocidade do ar.
Essa prova também é chamada prova ventilatória ou teste de sopro. Ela dura cerca de 30 minutos, é indolor e não invasiva.
Como é a interpretação do exame de Espirometria
A interpretação do resultado da espirometria é feita por um pneumologista, médico competente para a elaboração de um laudo. São utilizados valores de referência que variam conforme a idade, peso, altura e etnia do paciente. A interpretação dos dados pode resultar em um padrão Normal, Obstrutivo, Restritivo e Misto. Os distúrbios Obstrutivos e Restritivos são, por sua vez, classificados em leve, moderado ou grave.
A análise dos valores medidos inclui o uso de parâmetros como a capacidade vital forçada (CVF), uma das mais frequentes e que significa o volume de ar eliminado no movimento de expiração forçada desde uma inspiração máxima (CPT, capacidade pulmonar total), até o volume residual (VR, quantidade de ar que permanece nos pulmões após a exalação máxima).
Veja abaixo os principais parâmetros utilizados na interpretação dos resultados do exame:
Capacidade vital forçada (CVF) – é o volume eliminado em manobra expiratória forçada desde a CPT até o VR;
Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) – é a quantidade de ar eliminada no primeiro segundo da manobra expiratória forçada. É considerado uma das variáveis mais úteis clinicamente;
Capacidade pulmonar total (CPT) – é a quantidade de ar presente nos pulmões após uma inspiração máxima;
Capacidade Vital (CV) – representa o maior volume de ar mobilizado em uma expiração. A capacidade vital pode ser obtida por meio de manobras forçadas (CVF) ou manobras lentas (CVL);
Volume residual (VR) – é a quantidade de ar que permanece nos pulmões após a exalação máxima;
Capacidade vital forçada (CVF) – é o volume eliminado durante a manobra expiratória forçada desde a CPT até o VR;
Pico de fluxo expiratório (PFE) – representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de CVF. Mantém dependência com o esforço, o que o torna um bom indicador da colaboração na fase inicial da expiração.