Segundo a SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) estima-se que hoje, no Brasil, existem aproximadamente 20 milhões de asmáticos. Apesar dos sintomas serem bastante conhecidos, essa é uma doença considerada grave. As crises asmáticas ainda são responsáveis por afastar muitas pessoas do trabalho e do convívio escolar.
Além de não possuir cura, a asma tem diferentes classificações de gravidade e, quando não tratada devidamente, debilita o pulmão podendo levar à morte. Com o avanço da medicina, o tratamento se torna cada vez mais eficaz, evitando óbitos e aumentando a qualidade de vida dos portadores. Saiba como controlar a asma!
O que é asma?
A asma (bronquite asmática) é uma doença respiratória crônica caracterizada pela inflamação dos brônquios – vias aéreas que conduzem o ar para o pulmão. As crises asmáticas afetam essas vias e o funcionamento pulmonar, ocasionando graves complicações.
A doença no Brasil
A patologia ainda é considerada um problema de saúde pública. Apesar do número de mortes ter reduzido nos últimos anos, o Brasil ainda contabiliza cerca de 20 milhões de asmáticos. Conforme dados do SUS (Sistema Único de Saúde), por ano, 350 mil internações são registradas, o que representa 2,3% das hospitalizações totais.
Atente-se aos sintomas!
A dificuldade em respirar é o principal indício de uma crise asmática. Porém, o início das complicações pode ser percebido através de outros sintomas comuns. Geralmente, o quadro piora durante a noite, e nas primeiras horas da manhã. Veja os sintomas:
- Cansaço;
- Chiado no peito;
- Desconforto torácico;
- Respiração curta e ofegante;
- Tosse seca.
Fatores de risco
Não se sabe ao certo o que desencadeia a asma. A verdade é que os sintomas e a intensidade das crises variam de pessoa para pessoa. Mas, alguns fatores são considerados de risco para todos:
- Exposição a alergênicos;
- Hereditariedade;
- Obesidade.
Já está comprovado que o pulmão do asmático é mais sensível que o de outras pessoas. Por isso, quando em contato com substâncias tóxicas ou agentes alergênicos, os sintomas tendem a aparecer. Esses agentes são categorizados como “gatilhos” para a asma. São eles:
- Ácaros;
- Baixas temperaturas;
- Fumaça;
- Fungos;
- Infecções virais;
- Mudanças bruscas de temperatura;
- Pelo de animais;
- Poeira;
- Pólen;
- Poluição ambiental;
- Produtos tóxicos;
- Entre outros.
Possíveis complicações da asma
Uma inflamação crônica, naturalmente, pode desencadear outros problemas de saúde. Devido à fadiga, é comum que pacientes tenham dificuldade em realizar exercícios físicos e atividades cotidianas.
A asma afeta diretamente o pulmão e, com o tempo, o órgão perde suas funcionalidades, aumentando a chance de internações. Fora isso, quadros de insônia e ansiedade também podem ocorrer.
Como é realizado o diagnóstico?
A doença acomete idosos, adultos e crianças. Inicialmente, o diagnóstico é feito através de avaliação clínica, a partir da constatação dos sintomas característicos. Posteriormente, a doença é confirmada através de um exame chamado espirometria.
Esse procedimento avalia a função pulmonar através do sopro em um aparelho específico. Dependendo do caso, demais exames podem ser solicitados.
Classificação da gravidade
Os sintomas da asma podem ser leves e intervalados, ou intensos e constantes. Através dos exames é possível classificar o quadro dentre quatro tipos:
- Intermitente: não traz dificuldades em atividades rotineiras, se manifesta duas vezes (ou menos) por semana e necessita de pouca medicação.
- Persistente leve: ocorre mais de uma vez na semana (não todos os dias). Oferece limitações em atividades e requer medicamentos específicos.
- Persistente moderada: possui sintomas quase diários e limitações constantes. Nesse caso, os despertares noturnos são comuns.
- Persistente grave: os sintomas, os despertares noturnos e as limitações em atividades são contínuos. Medicamentos são manipulados diariamente.
As opções de tratamento
Como já mencionado, a asma não possui cura. Mas, é possível ser asmático e ter qualidade de vida. Para controlar a asma, é necessário seguir o tratamento à risca.
Tudo é feito através de medicamentos de uso contínuo apropriados para a asma. No entanto, o tipo de remédio prescrito varia conforme a gravidade, sintomas e funcionalidades do pulmão do portador. O tratamento para asma pode ser realizado de duas maneiras:
- Controle – Anti-inflamatórios que tratam a inflamação dos brônquios.
- Alívio – Remédios inalatórios que facilitam a respiração (utilizados em bombinhas, por exemplo).
Quando o tratamento é feito corretamente, os sintomas podem desaparecer por um longo período. Por isso, a asma é considerada uma doença inconstante.
Como controlar a asma?
Para controlar a asma, antes mesmo dos sinais aparecerem, é possível prevenir as crises evitando contato com alergênicos e substâncias tóxicas. Além disso, existem várias medidas de prevenção que podem ser adotadas facilmente no dia a dia. Inclusive, muitas dizem respeito aos bons hábitos. Anota aí:
- Agasalhe-se bem no frio;
- Beba bastante água;
- Evite inalar e ficar próximo de cheiros fortes;
- Evite lugares fechados;
- Faça exercícios físicos periodicamente;
- Limpe bem a casa e ambientes com aspirador de pó;
- Mantenha-se em peso ideal;
- Não fume;
- Remova cortinas, almofadas, livros e carpetes;
- Tenha uma dieta equilibrada;
- Tome sol para garantir vitamina D;
- Vacine-se contra gripes, vírus e alergias.
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